Inovação

sexta, 21 de agosto de 2020

NA FRONTEIRA, TECNOLOGIA É ALIADA NA DIVULGAÇÃO DE COMPRAS PÚBLICAS

Comitê La Frontera, associações empresariais e Sebrae/PR adotam cards para divulgação de oportunidades no Whatsapp e redes sociais

Fonte: Assessoria de Comunicação do Sebrae/PR

Foto: Cards são divulgados por Whatsapp e redes socias (Divulgação)

Uma nova ferramenta para divulgação das oportunidades no setor de compras públicas, na fronteira do Paraná com a Argentina, começou a ser utilizada em agosto.

Por meio de cards no Whatsapp e redes sociais estão sendo divulgadas as oportunidades para micro e pequenas empresas fornecerem para Prefeituras, Câmaras Municipais e outros órgãos públicos que compram por licitações ou pregões.

Os editais de compras estão chegando às mãos, e celulares, dos empresários de dez municípios da Fronteira dos Estados do Paraná e Santa Catarina com os municípios argentinos.

A iniciativa é resultado da parceria entre o Comitê de Desenvolvimento Territorial das Micro e Pequenas Empresas (La Frontera Brasil/Argentina), em parceria com o Sebrae/PR e as associações empresariais de Barracão, Bom Jesus do Sul e Dionísio Cerqueira (Ascoagrin), Santo Antonio do Sudoeste (Acesas), Realeza (Aciar), Planalto (Acep), Capanema (Acec) e Pérola do Oeste (Acepo).

A ação faz parte do La Fontera Compra Aqui, programa de estímulo às compras públicas locais, que inclui o treinamento dos empresários na temática “Pregão Eletrônico”.

Os cards são distribuídos no grupo de Whatsapp do comitê La Frontera, que reúne os presidentes das associações empresariais parceiras, que repassam para os respectivos associados.

Publicações dos cartões digitais nas redes sociais Instagram e Facebook das ACEs e do próprio comitê completam a divulgação e resultam em um “efeito dominó” digital.

Talita Casagrande, presidente do comitê La Frontera, conta que a ação está sendo liderada pelo grupo de Economia e tem como principal objetivo incentivar a participação dos empresários da região nas licitações e pregões.

“A intenção é aumentar o envolvimento dos negócios locais, resultando na retenção de divisas na região. Temos também a parceria das secretarias municipais de Indústria e Comércio, que repassam as informações dos editais a cada oito dias. O sistema é simples e já estamos recebendo sinais positivos por parte dos empresários”, revela Talita.

O presidente da Acesas, de Santo Antonio do Sudoeste, Cleudenir da Silveira, é um dos idealizadores da ação.

“Queremos mostrar as oportunidades de negócios na região da Fronteira. Muitos empresários não têm conhecimento ou acreditam que o sistema é burocrático e de difícil participação. A ideia é divulgar os editais e contribuir com a preparação das micro e pequenas empresas, para que possam apresentar propostas e competir”, explica Cleudenir.

Mais divisas

A participação dos pequenos negócios nas compras públicas tem potencial para retenção de recursos na economia regional.

Um estudo de 2017, por exemplo, realizado pelo Sebrae/PR e instituições parceiras no projeto Compra Sudoeste, mostrou que as compras governamentais na região somavam cerca de R$ 1 bilhão por ano.

Em torno de 60%, ou R$ 600 milhões, acabaram destinados para empresas de outros municípios e até de outros Estados.

O consultor do Sebrae/PR, Diogo Kalinke, destaca a importância de se incentivar os empresários à participação dos certames licitatórios.

“As divulgações acontecem de forma simples e podem estimular os empresários a se envolverem. O ponto forte dos cards é a interatividade. Além de conter informação, eles são um convite ao engajamento”, observa Diogo.

Vantagens para os pequenos

A Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas (Lei Complementar nº 123), de 2006, estabelece uma série de benefícios e condições específicas para empresários de micro e pequenas empresas.

Nas licitações, está assegurada, como critério de desempate, a preferência de contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte.

O tratamento diferenciado nas compras públicas determina ainda a exclusividade das micro e pequenas empresas nas licitações governamentais até R$ 80 mil.

Também prevê que os órgãos governamentais podem pagar até 10% acima do melhor preço por produtos e serviços que são oferecidos por empresas locais, entre outras vantagens.